O
Capital no Século XXI
Thomas
Piketty
Introdução: No final da
introdução o autor faz considerações sobre os resultados de sua pesquisa
destacando entre outros pontos:
- A questão do
desenvolvimento é mais politica que econômica: deve-se desconfiar de qualquer
determinismo econômico, quando o assunto é distribuição da renda e de riqueza.
- A história da
desigualdade é moldada pela forma como os atores políticos, sociais e
econômicos enxergam o que é justo e o que não é, assim como pela influência
relativa de cada um desses atores e pelas escolhas coletivas que disso
decorrem.
- Uma coisa é certa: o
autor busca demonstrar o crescimento da desigualdade na atualidade, e enfatiza
a política mais do que a economia para fazer frente a esse recrudescimento da
desigualdade.
- O primeiro fator de
divergência consiste em ter salários muito altos para executivos frente a
maioria dos trabalhadores.
- A dinâmica da
distribuição da riqueza ora se inclina para a convergência (reduzindo e
comprimindo a desigualdade) ora para divergência: 1) Convergência: nessa
dimensão exerce protagonismo os processos de difusão do conhecimento e
investimento na qualificação e na formação da mão de obra. Segundo o autor: “O
processo de difusão de conhecimentos e competências é o principal instrumento
para aumentar a produtividade e ao mesmo tempo diminuir a desigualdade, tanto
dentro de um país quando entre diferentes países, como ilustra a recuperação
atual das nações ricas e de boa parte das pobres e emergentes, a começar pela
China” (p. 30). O autor chama esse processo de difusão e partilha do
conhecimento de “bem público por excelência”, não sendo resultado de um
mecanismo de mercado.
- O autor sublinha que
razões poderiam ser exercitadas para explicar a diminuição da desigualdade,
ainda que teoricamente: 1) Hipótese do Capital Humano Crescente; 2)
Substituição da “luta de classes” pela “luta das gerações”. Contra-argumentação:
indispensabilidade do capital e riqueza herdada é decisiva para o padrão de
vida.
- Conclui o autor: No longo prazo, a força que de fato
impulsiona o aumento da igualdade é a difusão do conhecimento e a disseminação
da educação de qualidade (p.31).
- A difusão do
conhecimento como força de divergência pode ser contrabalançada com outras
forças de divergência.
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