domingo, 26 de abril de 2015

O Capital no Século XXI Thomas Piketty

O Capital no Século XXI
Thomas Piketty
Introdução: No final da introdução o autor faz considerações sobre os resultados de sua pesquisa destacando entre outros pontos:
- A questão do desenvolvimento é mais politica que econômica: deve-se desconfiar de qualquer determinismo econômico, quando o assunto é distribuição da renda e de riqueza.
- A história da desigualdade é moldada pela forma como os atores políticos, sociais e econômicos enxergam o que é justo e o que não é, assim como pela influência relativa de cada um desses atores e pelas escolhas coletivas que disso decorrem.
- Uma coisa é certa: o autor busca demonstrar o crescimento da desigualdade na atualidade, e enfatiza a política mais do que a economia para fazer frente a esse recrudescimento da desigualdade.
- O primeiro fator de divergência consiste em ter salários muito altos para executivos frente a maioria dos trabalhadores. 
- A dinâmica da distribuição da riqueza ora se inclina para a convergência (reduzindo e comprimindo a desigualdade) ora para divergência: 1) Convergência: nessa dimensão exerce protagonismo os processos de difusão do conhecimento e investimento na qualificação e na formação da mão de obra. Segundo o autor: “O processo de difusão de conhecimentos e competências é o principal instrumento para aumentar a produtividade e ao mesmo tempo diminuir a desigualdade, tanto dentro de um país quando entre diferentes países, como ilustra a recuperação atual das nações ricas e de boa parte das pobres e emergentes, a começar pela China” (p. 30). O autor chama esse processo de difusão e partilha do conhecimento de “bem público por excelência”, não sendo resultado de um mecanismo de mercado.
- O autor sublinha que razões poderiam ser exercitadas para explicar a diminuição da desigualdade, ainda que teoricamente: 1) Hipótese do Capital Humano Crescente; 2) Substituição da “luta de classes” pela “luta das gerações”. Contra-argumentação: indispensabilidade do capital e riqueza herdada é decisiva para o padrão de vida.
- Conclui o autor: No longo prazo, a força que de fato impulsiona o aumento da igualdade é a difusão do conhecimento e a disseminação da educação de qualidade (p.31).

- A difusão do conhecimento como força de divergência pode ser contrabalançada com outras forças de divergência.

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